Sabemos que a maneira que foi transcrita a Bíblia houve muitas alterações. Mas, ler é ir além do que está escrito.
Representantes de "religiões" ainda fazem leituras equivocadas sobre as dimensões da verdade, o Conhecimento, a Sabedoria Divina.
Em Mateus 13:10-17, Jesus explica aos discípulos por que fala ao povo por parábolas:
"A vocês foi dado o conhecimento dos mistérios do reino dos céus, mas não a eles".
"Pois, ao que tem, mais lhe será dado e terá em grande quantidade. Mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado".
"Por essa razão, eu lhes falo por parábolas: Porque, vendo, não veem e, ouvindo, não ouvem nem entendem".
"Jesus explica que as parábolas têm um propósito duplo: esconder as verdades dos incrédulos e revelar os ensinos às pessoas que têm ouvidos prontos para ouvir".
Mestre Jesus sabia que quase tudo o que fazemos na vida baseia-se na fé. A maior parte das nossas decisões é tomada inicialmente em razão do que sentimos ou acreditamos. Só depois racionalizamos para justificar nossas escolhas. Ele usava parábolas para nos obrigar a lidar com as nossas crenças, e não com nossos raciocínios lógicos.
A parábola é uma narrativa que envolve uma mudança de compreensão da realidade, uma mudança de vida, sob uma nova luz.
Na obra Luz no Caminho por Mabel Collins, na contra-capa está escrito uma frase esotérica e, ler no sentido esotérico é com os olhos do espírito - "Dentro de ti está a luz do mundo" - diz o texto - "a única luz que pode ser projetada sobre o Caminho".
Antonie de Saint-Exupéry, na obra O Pequeno Príncipe, escreveu uma frase no sentido esotérico - "Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos".
Em João 14:16, Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim."
Mestre Jesus não estava expressando sobre ele, - "O Amor não se envaidece" - e sim sobre o Eu Superior e o Mim que habita em cada um de nós, a Mente Superior, a Mente Abstrata e Divina.
Então, ler no sentido esotérico, oculto, remete a: "Eu Sou (é) o Caminho, a verdade e a vida."
O nosso Eu Superior, a Centelha Divina, que habita em cada um de nós, é abafada pelo nosso pequenino ego, o eu inferior.
Sabemos que a transformação interior nem sempre é fácil. É essencial o 'Conhece-te a ti mesmo', vencendo os conflitos internos. E uma boa estratégia de escolha é dar significados; tal como, iluminar a mente numa expressão de evolução da alma na vida divina - aprendendo com os fatos da vida, acionando a força interior que transforma o egoísmo pessoal.
"Ai, coração alado"
Dotado de asas, que voa na _esperança de glória.
"Desfolharei meus olhos neste escuro véu"
Extinguir pouco a pouco este véu de ilusões perdidas na lembrança da memória.
"E qual a diferença entre Jesus e nós? Por que Jesus deu aquele resultado, de ser o que Ele tinha que ser?
Porque Ele não seguia as leis do mundo. Ele seguia outras Leis, que 'São José chama de Leis do Pai, Leis daquilo que o criou'. Então, Ele estava aqui não pra seguir as leis daqui. Estava no mundo sem ser do mundo".
PAI: Poder, Amor, Inteligência (Sabedoria)
Digamos que a Fonte do 'Segredo da Luz' seja expandir a nossa consciência e elucidando a nossa alma, purificação e refinamento. Assim, a carruagem segue a viagem na magia da vida, sem nó nas rodas.
E encerro a reflexão mencionando o Pequeno Príncipe, um Conto riquíssimo para nos lembrar de nossa criança interior. As ações próprias das crianças atraem abertura e confiança.
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
Pergunta o Pequeno Príncipe: E o que significa cativar?
Responde a Raposa: Cativar significa criar laços.
Criar laços, relações profundas uns com os outros, com todos os seres, amar o secreto que está dentro de nós. "Somos canteiros do mesmo jardim. Ao beijo da vida, todos dizem sim".
"Temos que ser simples e humildes, para que o conhecimento se faça presente e flua por todo o nosso Ser". Trigueirinho
Compreender que nós podemos realmente trilhar este caminho é aprender a aprender sobre a profundidade de cada detalhe sobre as dimensões do Conhecimento e os Degraus, é Mel e Fel. Mel, o Conhecimento. Fel, as Provações, os Degraus da Sala do Aprendizado.
Resiliência, um dos detalhes que a vida nos convida e nos ensina a aprender.