"SE" - "Caminhos & Labirintos"


O "Se" é condição de "caminhos e labirintos", ao pretérito imperfeito de sujeitos em orações compostas, de verbos que admitem como sujeito a coisa esquecida ou lembrada.

Esqueci aqueles detalhes.
Lembro o fato.
Nesse caso, o verbo esquecer passa a significar cair no esquecimento; e o verbo lembrar significa ocorrer, vir à lembrança.

Então, esquecer é lembrar.

O verbo é a palavra que exprime ação, estado ou fenômeno; e apresenta grande variedade de formas, para expressar além da ação, do estado ou do fenômeno: a pessoa do discurso, o número, o tempo, o modo e a voz.

Para o tema proposto, conversando com o "Se" e os verbos nas orações compostas, proponho uma reflexão em relação às formas escritas em frases, derivadas de poesia filosófica.

O que há de bom no mundo?
É o que a gente traz para o mundo ao infinito de suas perspectivas possibilidades.

A arte de viver em equilíbrio é um processo mais ou menos longo e interminável, de tornar o inconsciente à consciência um terreno descoberto e fértil.

Somente com o autoconhecimento é possível entrelaçar o equilíbrio da harmonia em sabedoria. Pois são tantas as dimensões do mundo da coexistência.

Enxergar poesia na vida, beleza na incerteza, aprendizados com experiências e ensinamentos, remetem à vontade de degustar a vida em autorrealização, semeada por motivos da libido pulsar ao sentido da vida.

E na gratidão da manhã de sábado, o amigo João Casarri Neto, enviou-me uma mensagem no privado, via LinkedIn: "Jane, você que é a nossa poeta, acredito que faria uma ótima reflexão com esse poema."

O que me surpreende nas poesias é a reflexão de implicar os sujeitos em OrarAções, aos demais tempos, primitivos e derivados.

Palavras não são apenas palavras!

Eis, o poema "SE - "Caminhos & Labirintos".

"Se as palavras me bastassem,
Não precisaria do silêncio.

Se o amor me bastasse,
Não precisaria de sonhos.

Se a sensatez me bastasse,
Não precisaria da paixão.

Se um lar me bastasse,
Não precisaria das estrelas.

Se o mar me bastasse,
Não precisaria das árvores.

Se a vida me corresse sempre docemente, 
Sem percalços, contratempos,
Dores ou sofrimento,
Nunca teria descoberto todo o meu potencial,
Nem a minha capacidade para começar de novo,
Encontrar novos caminhos ou soluções,
Amar ou valorizar as pequenas ou grandes coisas.

Se a vida não fosse processo,
Transformação, impermanência
E desafio,
Seria morna e sem graça,
Sem surpresas, sem paixão.

Se eu não me transcendesse,
Eu não seria eu,
Não teria dado fruto,
Não seria fonte de vida."
Jane Freitas Ribeiro